Depois de muito ler reportagens, acompanhar as redes sociais, fiquei com muita vontade de conhecer uma das unidades do restaurante Aconchego Carioca, no Rio de Janeiro.
Eram muitas opiniões positivas, elogios e tudo mais. E se tem uma coisa que gosto muito de fazer são conhecer bons locais para comer. Quem não gosta?
Em Setembro de 2019, esta oportunidade surgiu. Passaria alguns dias no Rio de Janeiro e reservei então a tarde de um sábado para almoçar no Aconchego Carioca do Leblon. Nem preciso dizer que cheguei cheia de expectativas no local.
Chegamos por volta de 13:30 e o restaurante até que estava vazio. Era um dia chuvoso, mas já estava até preparada para aguardar uma mesa, afinal, o local é “muito conhecido” na cidade. Mas rapidamente fomos encaminhadas para uma mesa.
Alguns minutos depois, nos trouxeram o cardápio. Reparei que era um cardápio de “Maio de 2018”. Mas tudo bem, isso é o de menos. Se não houve mudanças significativas, não há o porquê mudar.
Gostamos de degustar cervejas diferentes. A princípio tivemos uma surpresa positiva quando vimos que o cardápio oferecia uma série delas. Mas, oferecia também cervejas que sequer são mais fabricadas. Por exemplo, a Buda Beer, que é uma cervejaria que fechou as portas faz tempo. Mas ela constava lá no cardápio.
Pedimos uma cerveja, de 600 ml, cujo valor era por volta de R$37 reais. Alguns (longos) minutos depois, o garçom surge dizendo que não tem. Pensei que ele fosse nos convidar ao bar para ver as que estavam disponíveis, mas não, nos trouxe uma cerveja completamente diferente, que reparamos depois que estava até com a tampinha enferrujada. Pena que só reparamos isso tarde demais, caso contrário não teríamos consumido.
Além da cerveja, pedimos também uma jarra de água de coco, que veio em temperatura ambiente.
Em seguida, solicitamos o tão falado “Bolinho de Feijoada”, considerado por muitos uma iguaria sem igual.

Não demorou muito para chegar na mesa, mas confesso que não tem nada de espetacular. Não vale os R$31 cobrados por quatro bolinhos, quatro pedacinhos de torresmo e uma batida de limão. É um bolinho de massa de feijão com couve dentro sem nada de muito interessante. <ironia> Se parar pra pensar, virou uma boa forma de “reciclar” a feijoada que sobra que é servida no buffet aos sábados. </ironia>
Antes de pedir o almoço, pedimos um Chopp, que estava… quente! E ao perguntar sobre outras cervejas ou outros tipos de chopp servidos no local, o garçom que nos atendia nada sabia explicar. Acabei pedindo outro refrigerante mesmo.
Para o almoço, a escolha foi o Bobó de Camarão. O prato serve bem duas pessoas, até três. Era uma comida que estava até com sabor agradável, mas volto a dizer que já provei pratos (muito) melhores em outros restaurantes.
Depois disso, solicitamos a conta e decidimos ir embora. Para nossa surpresa, a cerveja cobrada foi aquela que não estava disponível. Mas, confesso que a pressa não me deixou questionar nada. Eu estava tão chateada com o atendimento, com a bebida quente, que tudo que eu queria era pagar a conta e ir embora. Ver essa cobrança errada foi a gota d’água para resolver tudo de uma vez e ir logo.
Mas a “surpresa” melhor começou na mesma noite. Começamos a apresentar sintomas de intoxicação alimentar que se comprovaram algumas horas depois. Não sei se foi o tal bolinho de feijoada ou se foi o camarão servido. Mas fato é que os cinco dias seguintes ao almoço se tornaram um horror.
Para resumir, a visita ao Aconchego Carioca foi uma decepção do início ao fim. Um almoço para esquecer, um atendimento que precisa ser muito melhorado e a certeza de nunca mais voltar ao local.
Esperava bastante de um restaurante do qual falam tanto, mas o que tive foi decepção e uma bela intoxicação alimentar me acompanhando por cinco dias. Foi inesquecível, mas da maneira errada.